A Prefeitura de Canoas está focada em acabar com os maus-tratos aos cavalos e ao uso de veículos de tração animal na cidade. Para garantir este objetivo, a Secretaria Especial de Bem-Estar Animal (SEBEA) realizou duas edições do programa Canoas do Bem, recolhendo, ao todo, 65 carroças.
Segundo estimativa feita em 2021 pela Secretaria, haveria 200 carroças em Canoas. Como 65 foram retiradas das ruas, significa que o programa recolheu 32,5% do total dos veículos de tração animal da cidade. “Já avançamos muito, mas sabemos que não atingimos 100%. Estamos nos preparando para que, na nova fase do Canoas do Bem, possamos garantir o fim das carroças na cidade”, afirma Cristiane Amabile, secretária da SEBEA.
Descanso merecido
Uma das beneficiadas do programa, Solange Martins de Oliveira vê com bons olhos a aposentadoria do cavalo, que agora não precisa mais puxar carroças. “Por mais que cuidássemos deles, sabíamos que era puxado para eles. São animais de grande porte e que precisam de cuidados que nem sempre podíamos bancar. Vão ter o descanso merecido agora. Estou feliz por ele”, afirma.
Os cavalos do Canoas do Bem são avaliados e examinados através da SEBEA. Após, são levados para uma cabanha em Viamão. Lá, podem correr livremente em um amplo campo repleto de pasto e dispondo de todos os cuidados veterinários que sejam necessários.
Carroças proibidas por lei
A Lei 6.164, de 2018, estabeleceu um prazo de dois anos para que os veículos de tração animal fossem proibidos de circular na cidade. No entanto, a legislação por si só não foi suficiente para garantir a libertação dos cavalos e a proteção social dos condutores.
A nova Lei 6.494, aprovada em 28 de outubro de 2021, instituiu o programa Canoas do Bem, garantindo as condições necessárias para a libertação dos cavalos. O condutor de carroças que descumprir a lei poderá levar multa e ter o animal e a carroça apreendidos.