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Canoas promove ações de conscientização no Dia da Visibilidade Trans

Atividades foram realizadas no Calçadão e no Paço Municipal
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Foto: Vinicius Thormann

Quem passou pelo Calçadão de Canoas nesta quarta-feira (29) teve a oportunidade de conhecer e aprender sobre transexualidade. Isso porque um espaço foi montado no local para promover uma ação alusiva ao Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data, instituída em 2004 pelo Ministério da Saúde, foi utilizada para levar ao público um espaço de conscientização sobre a temática.

O evento foi promovido pela Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Participação Social (SMDHPS) em parceria com a equipe do Ambulatório LGBT do município. Na ocasião, foram distribuídos preservativos e materiais informativos voltados à saúde, orientações ao público e houve uma apresentação sobre o assunto. E nem mesmo a chuva influenciou na empolgação da drag queen e ativista Tiffany CJ, que realizou a performance para destacar a causa ao som de “Maria, Maria”, interpretada por Elis Regina.

E a necessidade de evidenciar a luta da população trans, inclusive, esteve presente na fala do diretor de Políticas das Diversidades e Comunidades Tradicionais da SMDHPS, Saulo Gil. Segundo ele, a busca por representatividade, diante de um contexto de preconceito, deve receber visibilidade. “Quando acontece de o Brasil ser o país que mais mata LGBTs e pessoas trans no mundo, é importante que tenhamos ações como essa”, explica.

As estatísticas de crimes motivados por ódio também são destacadas pela Miss Trans Canoas 2019, Lavínia Silva. Representante da Corte da Diversidade eleita em novembro, ela diz que é uma honra poder ser porta-voz da comunidade trans dentro do município. “É de suma importância dar visibilidade às travestis e transexuais, e não apenas no dia 29 de janeiro, mas todos os dias, pois resistimos pela nossa existência no país”, pontua ela.

O secretário dos Direitos Humanos e Participação Social, Roberto Tietz, também chamou atenção para a relevância do dia. De acordo com ele, é importante, em um clima de polarização nacional, que o poder público atue na conscientização em todas as oportunidades possíveis. “A soma dos muitos eventos que fazemos, o trabalho de formiguinha, tirando a radicalidade das pessoas, é o que buscamos”, ressaltou.

Cine Diversidade também foi atração

As atividades da quarta-feira foram encerradas no auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, com a 3ª edição do Cine Diversidade, que exibiu o documentário “(Com) Vivências”, de Mônica de Souza Chaves. A obra, que retrata a vida de mulheres trans da Região Metropolitana de Porto Alegre, foi tema de uma roda de conversa realizada na sequência. Os participantes debateram sobre a produção do documentário, a situação da comunidade na região e sobre visibilidade e representatividade.

Ambulatório LGBT é aliado no trabalho de atenção a pessoas trans

Inaugurado em 2017, o local faz parte da política municipal de Atenção Integral à Saúde da População LGBT, que busca o respeito aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Segundo a psicóloga Jaqueline Batista, que atua na coordenação do Ambulatório, uma das principais bandeiras levantadas é a prevenção. “O objetivo é fazer um acompanhamento do processo transexualizador, trabalhando na prevenção da saúde, e este tipo de ação nos faz perceber que existem serviços integrados, que somos uma rede de trabalho”. salienta.

O Ambulatório LGBT fica no anexo da Clínica de Saúde do Idoso, na avenida Guilherme Schell, nº 6184, no Centro.

Assessoria de Comunicação