Em torno de mil pessoas passaram pelo abrigo na EMEF Carlos Drummond de Andrade, no Bairro Guajuviras, em razão das enchentes que atingiram o município em maio. Atualmente, em Canoas, são 60 pontos de acolhimento institucionais com 6.722 abrigados.
Após ficar um mês no abrigo, Dario Pereira, 76 anos, deixou o local para voltar para casa, fazer a limpeza e recuperar o que precisa. “No dia 4 de maio, às 21h40, fui resgatado pela janela do segundo piso da minha casa, por um barco, e vim para o abrigo. Aprendi muito no tempo que fiquei aqui. Agora é agradecer por ter sido salvo e seguir a vida”, contou Pereira, morador do Harmonia. Para ele, o período no abrigo foi de aprendizado e boa convivência. “Aqui foi bom, acima da média. Tínhamos café, almoço, café da tarde e janta. Fiz muitos amigos nesse período. Levo muito boas recordações da minha estada aqui”, afirmou Pereira.
O coordenador do abrigo, Diego Santa Helena, destaca o sentimento neste momento que os abrigados estão retornando para suas casas. “A sensação é de missão cumprida, diante da tragédia e de toda a angústia que acompanhamos. Eles querem ir pra casa, arrumar suas coisas. Isso dá um sentimento de satisfação por a gente ter conseguido, minimamente, dar um pouco de conforto enquanto estiveram no abrigo”, enfatizou.
Ao sair dos locais, as pessoas recebem uma cesta básica, materiais de higiene, os seus colchões e cobertores. “Tudo que conseguimos angariar, eles levam junto. É também uma maneira de diminuir um pouco as perdas que tiveram”, reforçou Santa Helena.
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