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Saúde

Restrição em hospitais não aumenta procura por atendimentos nas UPAs de Canoas

Dívida do estado com a Prefeitura de Canoas obriga município a restringir atendimentos
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Foto: Vinicius Thormann

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Apesar das restrições nos atendimentos eletivos em saúde, imposta pela falta de pagamento de recursos por parte do governo do Estado, na manhã desta segunda-feira (19) as Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) de Canoas não apresentavam superlotação. A procura de pacientes pelas unidades de saúde foi a mesma que ocorre em outros dias. Diante de uma dívida que, hoje, é de R$ 26 milhões, mas que deve chegar aos R$ 37 milhões até o dia 30 deste mês, os recursos destinados à saúde estão praticamente escassos. Como não há, por parte do governo do Estado, previsão de quitação desses valores, a Secretaria da Saúde de Canoas (SMS) precisou restringir atendimentos eletivos em hospitais da cidade. A medida não é válida para situações de urgência e emergência.

Anunciada na última quarta-feira (14), a restrição nos atendimentos tem o intuito de otimizar os recursos disponíveis e manter, de forma plena, os atendimentos em casos de urgência e emergência. A medida será suspensa somente quando houver a regularização dos recursos por parte do governo estadual.

Além dos atrasos, Canoas também sofre com o baixo valor pago para procedimentos. Sendo referência para 156 cidades gaúchas, a cidade recebe, em média, R$ 10,5 milhões do governo estadual e R$ 14,2 milhões do governo federal para custeio da casas de saúde. Já a prefeitura, destina, todos os meses, aproximadamente R$ 19 milhões. Desta forma, o Executivo municipal sofre duplamente: primeiro, por não ter os repasses em dia por parte do governo estadual; segundo, mesmo que o dinheiro chegue à conta da prefeitura, ele ainda é insuficiente. Canoas é uma das cidades mais prejudicadas pelo atraso milionário nos repasses por parte do governo do Estado.

Ainda assim, a gestão municipal tem se esforçado, desde o início do ano passado, para otimizar a destinação dos repasses e também dar assistência aos cidadãos, com mutirões de cirurgia, zerando fila de atendimentos e, até mesmo, reformando unidades básicas de saúde.

Assessoria de Comunicação