Se você é daqueles que ainda guarda o velho videocassete ou aparelho e DVD, com esperança de fazê-los voltar a funcionar, para quem sabe um dia, assistir suas fitas ou discos velhos, saiba que a Coopertec, em Canoas, tem uma solução para o seu problema: Ela dará um fim digno e ambiental para seu aparelho eletrônico ultrapassado e defeituoso.
A Coopertec completou 10 anos de um trabalho voltado ao recolhimento, triagem e desmontagem de aparelhos elétricos e eletrônicos, encaminhando seus variados fragmentos para a reciclagem. Em março de 2022, a Prefeitura de Canoas assinou uma parceria com a cooperativa, que potencializou ainda mais a ação associativista e operacional da Coopertec.
O potencial de reciclagem dos materiais eletroeletrônicos e também o risco de contaminação que cada um deles pode apresentar é o que motiva a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) a consolidar essa parceria com a Coopertec. “As tecnologias estão deixando os equipamentos cada vez mais descartáveis e obsoletos e eles são produzidos com materiais nobres e menos disponíveis na natureza. Por isso, apostamos no trabalho da Coopertec em fomentar a reciclagem e proteger Canoas de alguma possível contaminação. Somos uma das cidades brasileiras pioneiras com esta política pública”, explicou o secretário da SMMA, Paulo Ritter.
Hoje, a cooperativa possui dois pontos de coleta, no município. Além disso, é possível fazer o agendamento para que os cooperados façam a retirada dos materiais doados. O presidente da Coopertec, Crispim Soares, explica que as coletas ocorrem normalmente nas terças, quartas e quintas-feiras. “Conforme as solicitações, organizamos os trajetos por bairros, mas se a demanda for de muito material, vamos no mesmo dia”, explicou o gestor.
Outro fator importante está relacionado às empresas. Segundo Souza, a nova lei para Gestão de Resíduos Sólidos, de 2022, é mais exigente e abrange também, a destinação dos materiais elétricos e eletrônicos. “Somos certificadores de descartes, ou seja, nós damos comprovantes de destinação para os estabelecimentos que precisam desse documento”, revelou.
Consumo aumenta reciclagem
No início da Cooperativa, não havia tanto material disponível para reciclagem, como lembra Crispim. Ele frisa que, com o passar dos anos, o aumento do consumo e a troca de tecnologias facilitaram a reciclagem, porém o apego e o acúmulo são uma cultura que atrapalha. “Quando começamos, as televisões e os monitores eram predominantes de tubo. Hoje eles mal existem. É tudo plano e de Led. O que vemos diariamente são pessoas que ainda guardam aparelhos usados ou velhos na esperança de recuperá-los um dia, é um hábito de acumular”.
O que reciclar?
De lâmpadas de led a geladeiras, nada escapa da equipe de desmontagem. Celular, airfryer e claro, videocassete, entre outros. Acontece que o Cooperativa separa os materiais dos componentes, como plásticos, circuitos, vidros, alumínios e ferro. “Cada resíduo é destinado à sua recicladora. Só não recebemos lâmpadas fluorescente e pilhas. O resto manda para a gente que demos um bom destino”, concluiu Crispim.
A Coopertec fica na rua Alegrete, 625 – Niterói
Texto: Andrei Fialho – PMC
Edição: Valéria Deluca – PMC