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Mês da Consciência Negra promove atividade na Associação dos Deficientes Visuais de Canoas

Os associados interagiram, fizeram perguntas e expressaram suas opiniões a respeito do preconceito racial e valorização da cultura negra
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Foto: Gustavo Garbini

As pessoas com deficiência também sofrem preconceito racial e por isso, também estão contempladas nas atividades do Mês da Consciência Negra em Canoas, promovido pela Secretaria Municipal Adjunta de Igualdade Racial e Imigrantes.

Nesta quinta-feira (24), foi realizado um bate-papo com os integrantes da Associação dos Deficientes Visuais de Canoas, mantida há 25 anos na cidade. O tema foi trabalhado por meio dos detalhes que envolveram a Revolta da Chibata, liderada pelo gaúcho João Cândido, também conhecido como o Almirante Negro, em 1910, no Rio de Janeiro.

“As diferenças surgem e a conscientização deve ser constante, pois a questão racial muitas vezes passa despercebida em meio a discriminação. O que buscamos é fazer com que as pessoas mudem a forma de tratar o semelhante. Somos todos iguais”, afirmou a secretária de Igualdade Racial e Imigrantes, Ednea Paim.

A professora e ativista do movimento negro Gisele Vidal levou, inclusive, uma chibata ao encontro, que passou de mão em mão, para mostrar o grande motivo da rebelião na Marinha do Brasil, onde 95% de seus integrantes eram negros que sofriam severos castigos dos oficiais brancos. O caso teve repercussão na imprensa internacional, e Cândido foi um dos únicos sobreviventes. Os associados interagiram, fizeram perguntas e expressaram suas opiniões a respeito da história.

A Adevic conta com 260 associados ativos e atende também os familiares. De natureza filantrópica, promove atividades de música, teatro e informática, oferecendo também atendimento psicológico, fisioterapia e terapias ocupacionais. “As pessoas negras com deficiência sofrem um duplo preconceito. Há uma dívida social e precisamos defender cada ser humano”, destacou o coordenador da Associação, professor Eri Domingues.

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